sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O suporte para Windows XP e Office 2003 está terminando


Em 8 de abril de 2014, a Microsoft vai encerrar o suporte para o Windows XP, que foi lançado há mais de dez anos. Isso significa que você não irá mais receber atualizações, incluindo atualizações de segurança, para Windows XP da Microsoft. O suporte para o Microsoft Office 2003 também será encerrado nessa data.
Não utilize software ilegal.

Experimente GNU/Linux. É fácil, grátis, legal e há uma enorme comunidade mundial disposta a ajudar gratuitamente.

30 anos do Projeto GNU



Visão Geral do Sistema GNU

O sistema operacional GNU é um sistema de software livre completo, compatível com o Unix. GNU significa “GNU's Not Unix” (GNU Não é Unix). Richard Stallman fez o Anúncio Inicial do Projeto GNU em setembro de 1983. Uma versão mais longa, chamada de Manifesto GNU, foi publicada em março de 1985. O texto tem sido traduzido para várias outras línguas.

O nome “GNU” foi escolhido porque atende a alguns requisitos; em primeiro lugar, é um acrônimo recursivo para “GNU's Not Unix”, depois, porque é uma palavra real e, finalmente, é divertido de falar (ou Cantar).

A palavra “livre” em “software livre” se refere à liberdade, não ao preço. Você pode ou não pagar para obter software do projeto GNU. De qualquer forma, uma vez que você tenha o software, você tem quatro liberdades específicas ao usá-lo: a liberdade de executar o programa como você desejar; a liberdade de copiá-lo e dá-lo a seus amigos e colegas; a liberdade de modificar o programa como você desejar, por ter acesso total ao código-fonte; a liberdade de distribuir versões melhoradas e, portanto, ajudar a construir a comunidade. (Se você redistribuir software do projeto GNU, você pode cobrar uma taxa pelo ato físico de transferir uma cópia, ou você pode simplesmente dar cópias de graça.)

O projeto que desenvolve o sistema GNU é chamado de “Projeto GNU”. O Projeto GNU foi concebido em 1983 como uma maneira de trazer de volta o espírito cooperativo que prevalecia na comunidade de computação nos seus primórdios — para tornar a cooperação possível novamente ao remover os obstáculos à cooperação impostos pelos donos de software proprietário.

Em 1971, quando Richard Stallman começou sua carreira no MIT, trabalhava em um grupo que usava exclusivamente software livre. Até mesmo empresas de informática frequentemente distribuíam software livre. Programadores eram livres para cooperar uns com os outros, e frequentemente o faziam.

Já na década de 1980, quase todo o software era proprietário, o que significa que ele possuía donos que proibiam e evitavam a cooperação dos usuários. Isso tornou o Projeto GNU necessário.

Todo usuário de computador precisa de um sistema operacional; se não há nenhum sistema operacional livre, você não pode nem começar a usar um computador sem recorrer a software proprietário. Dessa forma, o primeiro item na agenda do software livre tinha de ser um sistema operacional livre.

Decidimos criar um sistema operacional compatível com o Unix, porque seu design geral já era testado e portável, e porque a compatibilidade facilita que usuários de Unix migrem para o GNU.

Um sistema operacional do tipo Unix inclui um kernel, compiladores, editores, formatadores de texto, clientes de e-mail, interfaces gráficas, bibliotecas, jogos e muitas outras coisas. Portanto, escrever todo um sistema operacional é um grande trabalho. Nós começamos em janeiro de 1984. A Free Software Foundation foi fundada em outubro de 1985, inicialmente para levantar fundos para ajudar a desenvolver o GNU.

Por volta de 1990 nós havíamos encontrado ou escrito todos os componentes principais, exceto um — o kernel. Então o Linux, um kernel do tipo Unix, foi desenvolvido por Linus Torvalds em 1991 e transformado em software livre em 1992. Combinar o Linux com o quase completo sistema GNU resultou num sistema operacional completo: o sistema GNU/Linux. Estimativas apontam que dezenas de milhões de pessoas hoje usam sistemas GNU/Linux, tipicamente através de distribuições GNU/Linux. A versão principal do Linux hoje em dia contém firmware não-livre; ativistas do software livre mantém uma versão do Linux modificada e livre, chamada Linux-libre.

Entretanto, o Projeto GNU não se limita ao cerne do sistema operacional. Visamos fornecer todo um espectro de software, o que quer que os usuários desejem ter. Isso inclui aplicativos. Veja o Diretório de Software Livre para um catálogo de aplicativos livres.

Nós também desejamos fornecer software para usuários que não são especialistas em computadores. Por esse motivo, nós desenvolvemos um ambiente gráfico (chamado GNOME) para ajudar iniciantes a utilizar o sistema GNU.

Também queremos fornecer jogos e outros programas recreativos. Um grande número de jogos livres já está disponível.

Quão longe o software livre pode ir? Não existem limites, exceto quando leis, tais como o sistema de patentes, impedem o software livre. O objetivo derradeiro é prover software livre para fazer tudo aquilo que os usuários de computadores desejam fazer — e assim tornar o software proprietário algo do passado.

Fonte: http://www.gnu.org/gnu/gnu-history.pt-br.html

sábado, 14 de setembro de 2013

Software livre é a scial



(Por Inovação Tecnológica, com infos da New Scientist)

Os documentos revelados por Edward Snowden confirmam as suspeitas de longa data de que as agências conspiram secretamente com empresas de tecnologia para irem diretamente aos arquivos que eles querem bisbilhotar. Mas os mortais comuns, que precisam usar a internet rotineiramente, têm como fugir dos olhos do "Grande Irmão"?

O que fazer quando o próprio Estado passa a ser o malfeitor e começa a espiar a tudo e a todos?

A sabedoria convencional diz-nos que precisamos de nos precaver contra ladrões e malfeitores.

Quando eles eventualmente conseguem as suas intenções, precisamos acionar o Estado, através de instituições como Polícia e Justiça, para que possamos fazer valer nossos direitos.

Mas o que fazer quando é o próprio Estado, uma organização da sociedade para cuidar da sociedade, que passa a ser o malfeitor e começa a espiar tudo e todos?

Esta é a sensação que tem deixado perplexa a população do mundo todo, seja dos países "espiadores", seja dos "espiados" - afinal, ninguém parece estar livre do que alguns comentadores chegaram a chamar de "terrorismo de Estado".

Os grandes vilões desse enredo sui generis são as agências de segurança dos Estados Unidos e do Reino Unido - NSA (National Security Agency) e GCHQ (Government Communications Headquarters), respetivamente.

Segundo especialistas, graças à ação destes órgãos, a internet, a grande estrela da atual "Era da Tecnologia", que estaria a disseminar o conhecimento e a permitir o relacionamento interpessoal em níveis inéditos na história da humanidade, a internet está agora cheia de buracos, e esses buracos estão cheios de olhos a monitorizar todo o mundo.

Mas, com todas as medidas de segurança e as técnicas de criptografia, como podem eles estar a conseguir fazer isso?

O mais espantoso é que o trabalho desses espiões oficiais não tem sido difícil.

Agências de espionagem minam segurança da internet

Apesar da impressão, passada em algumas reportagens, de que as agências de espionagem teriam feito alguma descoberta matemática que tornaria a criptografia obsoleta, na verdade o que elas têm usado são as velhas "técnicas sujas".

A primeira ação de força das agências de espionagem dos EUA e do Reino Unido têm sido forçar os fornecedores de tecnologia a enfraquecer deliberadamente as medidas de segurança nos sistemas de computação on-line que todo o mundo usa.

Como toda a ação de força gera outra na mesma proporção, os espiões oficiais podem estar na verdade a comprometer a segurança de todos, já que as vulnerabilidades inseridas podem ser exploradas por qualquer um que as descubra.

Os documentos revelados por Edward Snowden, agora exilado na Rússia, confirmam as suspeitas de longa data de que as agências conspiram secretamente com empresas de tecnologia para introduzir "portas traseiras" (backdoors) que ignoram as medidas de segurança da informática - como senhas, autenticação de dois fatores e criptografia - para irem diretamente aos arquivos que eles querem bisbilhotar.

Um dos documentos divulgados revela que a NSA e a GCHQ têm trabalhado para "inserir vulnerabilidades em sistemas comerciais de criptografia, sistemas de TI, redes e dispositivos de comunicação de ponto final utilizados pelos alvos" - onde um "sistema de comunicação de ponto final" significa simplesmente um computador, tablet ou telemóvel.

Gerador de números não tão aleatórios

Uma das primeiras vítimas dos espiões oficiais foram os geradores de números aleatórios, que os algoritmos de criptografia usam para gerar chaves seguras.

"Um dos truques mais velhos é modificar o gerador de números aleatórios para que ele produza apenas um pequeno subconjunto de todos os números aleatórios que normalmente deveria," explica Markus Kuhn, da Universidade de Cambridge.

Essa mudança significa que o software só pode produzir uma lista muito menor de chaves secretas do que deveria, embora o número de chaves ainda seja muito grande para que alguém note a mudança sem analisar tudo detalhadamente.

Os geradores quânticos de números verdadeiramente aleatórios poderão ser uma alternativa para fugir da espionagem oficial. [Imagem: JQI]

O problema é que, quando outro mal-intencionado - alguém não oficial - fica a saber disto, ele pode tentar decifrar mensagens criptografadas usando apenas uma pequena lista de chaves.

Isso torna mais factível usar a força bruta para quebrar a criptografia - tudo o que você precisa é poder de computação suficiente, o que, naturalmente, a NSA e a GCHQ têm de sobra.

As agências também estão a pegar em chaves diretamente com os prestadores de serviços on-line, segundo Kuhn.

O protocolo de criptografia TLS - o que coloca o "s" em conexões HTTPS seguras - baseia-se em servidores que armazenam uma chave secreta para decifrar as mensagens ou transações.

A NSA suborna administradores de sistemas, infiltra-se na organização, ou simplesmente obtém uma ordem judicial, para ter acesso a estas chaves, permitindo intercetar e descodificar qualquer tráfego para o servidor.

Software Livre

Mas os mortais comuns, que precisam usar a internet rotineiramente, têm como fugir dos olhos do "Grande Irmão"?

O professor Kuhn garante que sim.

E trata-se de uma opção simples e barata - na verdade gratuita.

Para evitar o olhar de quem quer que seja, Kuhn afirma que as pessoas devem recorrer aos softwares livres (open-source).

A vantagem é que muitas pessoas avaliam o código de cada programa, podendo identificar qualquer tentativa de enfraquecê-lo.

Indicação do Serpro

A utilização de softwares livres, ou seja, programas de internet com códigos abertos, que podem ser copiados e modificados por qualquer pessoa, pode ser uma opção para evitar problemas de espionagem como os que foram denunciados recentemente. A avaliação é do diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni.

“O mundo do software livre é uma belíssima resposta a tudo isso que está acontecendo no mundo hoje. Se nós trabalhamos com códigos fechados, que não nos permitem saber o que estão fazendo, é muito mais propício a uma decisão desse fornecedor se vai nos espionar ou não. No mundo do software livre, a decisão passa para nós, muda de lado, passa para o mundo do usuário”, explica. Mazoni lembra que a implementação do software livre em plataformas de governos sempre teve como foco aumentar a segurança dos dados dos países.

Para debater essas e outras questões, o Serpro promove, de 13 a 15 de agosto, a sexta edição do Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi), em Brasília. O tema deste ano é Portabilidade, Colaboração e Integração. “São temas muito atuais: estamos trabalhando com a lógica de que o mundo da tecnologia vai ter que suportar mobilidade, rede social, grandes quantidades de informações”, disse Mazoni.

O evento terá 50 oficinas e 150 palestras, com a participação de representantes de diversos países, entre agentes públicos, movimentos sociais, hackativistas, pesquisadores e estudantes para debater tecnologias que podem ampliar o acesso à informação e agilizar a prestação de serviços públicos.

No ano passado, o evento reuniu cerca de 5 mil participantes, e a expectativa é que esse número se amplie para até 6 mil participantes neste ano. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo site da organização . Entre as oficinas oferecidas estão edição de músicas e vídeos ou criação de aplicativos móveis e robôs com softwares livres.

Artigo do site Inovação Tecnológica, com informações da revista New Scientist

(Publicado em Esquerda.net)